sábado, 27 de junho de 2015

Eliza Battle



O Eliza Battle foi construído em 1852 em New Albany Indiana Estados Unidos, era um navio a vapor movimentado por uma roda de pás ao lado do navio pesava cerca de 316 Toneladas e tinha o casco de madeira.



Ele fazia a rota de Columbus, Missipi a Mobile, Alabama no rio Tombigbee, era considerado o maior e mais pomposo dessa rota. Era um Navio de carga e também de passageiros e entre seus passageiros estiveram grandes personalidades como por exemplo o ex presidente Millard Fillmore.


Em Março de 1958 a dona do navio, a Brainard and Company, havia instalado um piano Calliope para tocar dia e noite em um evento de gala.



O numero de pessoas naquele dia 1º de Março de 1958 é um pouco incerto alguns historiadores afirmam que ele estava com mais de 200 passageiros o mais comumente é informado que teria entre 100 a 150 passageiros e uma tripulação de 45 pessoas entre eles o Capitão S. Graham Stone e o piloto Daniel Epps.

Capitão S. Graham Stone



Nas primeiras horas da manhã um forte vento começou a soprar ao norte, naqueles dias de inverno onde a temperatura diminuiu rapidamente para 4 graus em apenas duas horas. Sendo que no inverno as águas do Rio Tombigbee estava muito altas mostrando só a copa de muitas arvores.



Por volta de 02:00, foi descoberto que vários fardos de algodão no convés principal estavam em chamas. Os ventos fortes espalharam o fogo rapidamente. O navio carregava 1.200 fardos de algodão.

Muitos dos passageiros já estavam com suas roupas de dormir e ao verem o fogo fora de controle se atiraram nas águas frias. Alguns sobreviveram, flutuando em cima de
fardos de algodão. Outros sobreviventes foram encontrados ao longo do rio inundado nas copas de árvores e foram resgatados por moradores locais.

Alguns sobreviventes conseguiram chegar até a margem mas muitos dos que conseguiram chegar até as copas das arvores morreram aos poucos congelados e alguns devido a dormência do frio acabaram caindo nas águas e morrendo afogado.



O Numero de vítimas também é um pouco incerto entre 26 a 33 tendo alguns historiadores afirmando serem até 80 a 90. Mesmo em chamas o Eliza Battle ainda navegou descontrolado até próximo de onde é a atual ponte da rota 114 do Estado do Alabama e lá se encontra a cerca de 8,5 metros de profundidade o seu casco com o seus restos.

Foto do local tirada em 1888


A causa mais provável é a de que um dos passageiros pode ter atirado um charuto no rio só que o mesmo pode ter caído em cima da carga de algodão, mas também não é afastada uma possibilidade de ter sido um incêndio criminoso.

Existem vários relatos inclusive em jornais de que nas noites frias e com muitos ventos surgem aparições do Eliza Battle no rio Tombigbee envolto em chamas mas sem o cheiro característico de incêndio e por vezes é possível até ouvir o som do piano Calliope.


Segundo moradores locais e navegadores essas aparições do Eliza seriam um mau presságio, um aviso de um possível desastre iminente no rio. 

No livro "13 Alabama Ghosts and Jeffrey" de Kathryn Tucker Windham's A história segue baseada em relatos de jornais sobre o desastre.




sexta-feira, 19 de junho de 2015

S.S. Baychimo



O S.S. Bachymo era um cargueiro de aço de 1322 toneladas, 70,1m de comprimento e era propulsado por um motor à vapor de expansão tripla que desenvolvia até 10 nós de velocidade. Construído em 1914 na Suécia, pelos estaleiros Lindholmens Mek. Verks. 

































Originalmente foi batizado de Ångermanelfven para uma empresa de navegação alemã, onde passou algum tempo como um navio mercante operando entre Hamburgo e Suécia até a Primeira Guerra Mundial começar.




O Ångermanelfven foi utilizado na I Guerra Mundial (1914 – 1918) nas rotas alemãs
entre o Império Alemão e o Reino da Suécia no Mar do Norte. Muitos soldados feridos foram transportados e muitos morreram a bordo.




Com a derrota da Alemanha e seus aliados na grande guerra. Após o tratado de Versalhes a Alemanha teve que ceder uma grande parte da sua frota mercante como reparação de guerra, entre os navios de sua marinha mercante estava o Ångermanelfven que foi cedido a Grã Bretanha e logo comprado pela companhia de navegação escocesa Hudson Bay por um custo muito baixo e foi rebatizado de Baychimo.




O Bachymo foi utilizado em rotas entre o Alasca e a costa escocesa da Inglaterra, visitando pontos de comércio e aldeias esquimó trocando produtos industrializados e combustível por peles além de outros produtos e até passageiros.




O Baychimo e sua tripulação desempenharam as suas funções bem, enfrentando tempo mares áspero e frígidos, o mau tempo, e blocos de gelo perigosos e realizou um total de nove jornadas bem sucedidas do Alasca até a Colúmbia Britânica.


Harry Bolton, engenheiro-chefe e o capitão Enoch Falk

































Em 1º de Outubro de 1931,o Baychimo estava em uma viagem de rotina para Vancouver, cheio de peles recentemente adquiridas. A tripulação não havia notado que os efeitos do inverno tinha vindo mais cedo naquele ano e uma tempestade inesperada surgiu e o navio e a sua tripulação foram sacudidos por rajadas geladas de ventos fortes e quedas de temperaturas próximas de congelamento, mas mesmo assim eles continuaram, determinados a entregar a sua preciosa carga mesmo através do tempo sinistro e ameaçadores mares agitados, porém uma tempestade de neve repentina desceu sobre o navio e trouxe consigo pedaços de bloco de gelo que começaram a cercar o Baychimo e sua tripulação apavorada. O navio ficou preso pelos blocos de gelo que circundavam como se estivesse em uma gaiola de gelo e com a tripulação impotente só podendo observar.




Como não foi possível continuar a viagem, e com grande chance da possibilidade do navio afundar, o capitão ordenou a tripulação para abandonar o navio e fazer o seu caminho para a cidade de Barrow, no Alasca, a pé, que era de cerca de 1km do local.




O capitão e a tripulação, queriam ficar no navio onde esperavam a tempestade passar, mas temiam ficar presos dentro do navio e com o risco de um possível afundamento do navio, eles foram para o seu destino e se abrigaram em Barrow durante dois dias antes de voltar para verificar o status do seu navio abandonado. Quando eles chegaram, eles ficaram surpresos ao descobrir que o navio tinha ficado livre do gelo na sua ausência deles e estava à deriva. 




A tripulação decidiu esperar até que eles pudessem recuperar o navio, e construiu um acampamento no gelo nas proximidades, onde eles poderiam ficar de olho nele.




Porém no dia 08 de Outubro ele ficou preso novamente, desta vez, o gelo era mais relutante em sair e o navio permaneceu dentro de sua prisão fria sem nenhum sinal de ser libertado tão breve.


































Aeronaves da Hudson Bay Company retiraram a maior parte da tripulação, deixando apenas 15 membros no local, para vigiar se o navio conseguiria livrar-se do gelo, esperando o resto do inverno caso necessário.




Devido ao perigo de o gelo poder danificar o navio provocando o seu afundamento, a tripulação remanescente não ficou nele e em 15 de Novembro construiu um abrigo de madeira sobre o mar congelado próximo ao navio.




O clima terrível continuou sobre a tripulação e o acampamento "temporário" por semanas. Uma nevasca feroz atingiu a área em 24 de novembro e a neve era tão pesada que os campistas não podiam mais ver o Baychimo, que ainda estava preso no gelo. Na manhã seguinte, apos a tormenta, o Imediato foi averiguar se estava tudo certo com o navio, mas ele constatou que o seu pior medo, o navio tinha desaparecido, sem dúvida afundado pela nevasca anterior, concluiu o imediato. O restante tripulação desmanchou o acampamento e fizeram o seu caminho de volta à civilização.




Menos de uma semana depois, no entanto, um caçador de focas disse ao capitão que o Baychimo não poderia ter afundado, pois ele tinha acabado de avista-lo flutuando nas águas geladas cerca de 72 Km do local onde tinha sido encalhado. O capitão estava um pouco relutante para combater a neve para tentar encontrar o navio, mas ele reuniu sua equipe e de fato encontrou o Baychimo no local que o caçador tinha descrito. O navio parecia ter sofrido danos significativos, e assim o capitão temia que ele não teria condições de navegar por muito mais tempo e logo afundaria, então a tripulação recolheu a carga de peles e os 15 marinheiros foram resgatados para nunca mais voltar ao convés da embarcação.




O Baychimo era oficialmente um "Navio Fantasma", que provavelmente nunca mais seria visto depois da primeira tormenta que enfrentasse. Era o que acreditava o capitão.


Ultima imagem do Baychimo logo após ser abandonado em 1931





Por 38 anos após o navio ter sido abandonado a deriva, o Baychimo foi visto em váriasocasiões diferentes, o que deu a ele a fama de Navio Fantasma.


Em 1931 Alguns meses depois do abandono, foi visto novamente a cerca de 480 km a leste.

Em Março de 1932 Foi visto navegando tranquilamente perto da costa do Alasca, por um viajante, próximo à cidade de Nome.

Em Março de 1933 Foi Encontrado por um grupo de Inuites que fugiam de uma tormenta, servindo de abrigo durante 10 dias até que o tempo melhorou o suficiente para poderem fazer a viagem de volta para suas casas.

Em Agosto de 1933 A Hudson Bay Company informou que o Baychimo continuava à deriva, mas uma operação de resgate estava fora de cogitação, pois seria muito cara.

Em Julho de 1934 Foi visto por um grupo de exploradores em uma escuna.

Em Setembro de 1935 Foi novamente visto ao longo da costa do Alasca.

Em Novembro de 1939 Foi abordado pelo capitão Hugh Polson, com o intuito de um resgate, eles foram capazes de embarcar no navio abandonado mas a aproximação dos assustadores blocos de gelo flutuantes da região fizeram com que a tentativa de
resgate fosse abortada.

Entre 1939 e 1961 Foi avistado inúmeras vezes por vários navios, mas nunca foi tentada uma abordagem, mas tais avistamentos foram registrados nos diários de bordo.

Em Março de 1962 Foi visto navegando ao longo do Mar de Beaufort por um grupo de esquimós.

Em 1969 foi visto Preso em um bloco de gelo, Esta foi a última aparição registrada do navio, e depois de alguns anos acreditava-se comumente que o navio acabou por ceder à sua condição de deterioração e afundou para o fundo dos mares gélidos.

Nem todos acreditavam que esse era o fim do Baychimo, isso porque, em 2006, 75 anos depois que o navio foi abandonado, o estado do Alasca iniciou formalmente um esforço para encontrar o misterioso SS Baychimo, o "Navio Fantasma" errante do Ártico.

Até agora as buscas não tiveram sucesso.

Toda tentativa para embarcar no navio abandonado foi frustrada, de alguma forma, e cada equipe que tentou foram forçados a deixá-lo ir por uma razão ou outra. Às vezes, os perseguidores simplesmente não estavam equipados para lidar com a tarefa de salvar o navio enorme, mas outras vezes a falha veio em circunstâncias mais misteriosas. Foi relatado que era comum tempestades repentinas e violentas sem aviso ocorrerem a qualquer tentativa de embarcar no navio, e ha relatos de que algumas pessoas perderam suas vidas tentando. Quando não eram as tempestades blocos de gelo surgiam nas águas circundantes, como tubarões atraídos para uma carcaça de baleia, e tornava toda a esperança de salvamento impossível.

A história dessa embarcação serviu de inspiração para inúmeros livros, tais como o escrito por Anthony Dalton e que carrega como título: "Baychimo Arctic
Ghost Ship".