domingo, 8 de janeiro de 2017

Hubble - Concepção

Concepção


Um dos objetivos dos astrônomos que conceberam o Telescópio Espacial Hubble (HST) era o de poder usar uma grande resolução óptica para estudar galáxias distantes a um nível de detalhe impossível de conseguir a partir da superfície terrestre. Embora tenham sido detectados problemas com os espelhos à data do seu lançamento para o espaço, estes sabiam que o Hubble conseguiria alcançar galáxias ainda mais longínquas.

À distância destas galáxias, a luz demora bilhões de anos a alcançar a Terra, pelo que as observações de agora correspondem ao estado dessas galáxias há bilhões de anos atrás. Desta forma, ao aumentar o alcance do Hubble, os cientistas poderão estudar como evoluiu o espaço.

Após a anomalia ter sido corrigida durante a missão STS-61 do Ônibus Espacial, em 1993, as agora excelentes capacidades do telescópio foram usadas para estudar galáxias incrivelmente distantes, cuja luz recebida era extremamente ténue (daí a necessidade de longos períodos de exposição). O Medium Deep Survey (MDS) usou a câmera Wide Field and Planetary Camera 2 (WFPC2) para obter images profundas de zonas aleatórias do espaço, enquanto os outros instrumentos eram utilizados para observações agendadas. Simultaneamente, outros programas dedicavam-se a galáxias já conhecidas por observações terrestres. Todos estes estudos revelaram diferenças substanciais entre as propriedades das galáxias nos dias de hoje e as que existiram há bilhões de anos atrás.

Mais de 10% do tempo de observação do Hubble é designado como Director's Discretionary (DD) Time e é tipicamente atribuído como prêmio a astrônomos que desejem estudar fenómenos pontuais emergentes, como supernovas. Com a confirmação de que as ópticas corretivas no Hubble estavam bem instaladas, Robert Williams, o então diretor do Space Telescope Science Institute (Instituto de Ciência Espacial Telescópica), decidiu dedicar uma boa parte do seu tempo DD para estudar galáxias distantes, em 1995. O Comité de Avisos a Institutos especial recomendou que a WFPC2 fosse utilizada para obter imagens celestes a grande latitude galática, utilizando vários filtros ópticos, e seria formado um grupo de trabalho para desenvolver e implementar o projeto.


A instalação de ópticas corretivas no Hubble traria melhorias dramáticas na qualidade das suas imagens, o que encorajava tentativas de obter imagens muito profundas de galáxias distantes.




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